sábado, 14 de maio de 2011

Displays 'retina' de baixo consumo da Samsung a caminho

PenTile RGBW

Tradicionalmente, displays utilizam DPIs relativamente baixos, na casa dos 100 DPI ou menos. Com os smartphones, muitos avançaram para a casa dos 200 DPI, até que finalmente a Apple chegou aos 300 DPI no iPhone 4.
Mais do que um marco simbólico, os 300 DPI marcam o limiar entre o que é possível perceber a olho nu, tanto que esta é considerada a densidade mínima para impressos de boa qualidade. A partir dos 300 DPI, a maioria dos usuários não consegue mais distinguir os pixels individuais, o que gera a impressão de que se está olhando para uma página impressa e não mais para uma tela LCD ou OLED. Exatamente por isso, a Apple resolveu batizar os displays de alta resolução de "retina".
A Samsung anunciou uma tela de 10.1 para tablets que segue a mesma linha, com 300 DPI e uma resolução de impressionantes 2560x1600. Além da resolução, a tela implementa uma mudança estrutural que melhora a eficiência energética e pode vir a se tornar norma daqui em diante, o PenTile RGBW
Na nova tecnologia, cada pixel passa a ser formado por quatro pontos em vez de três, com um sub-pixel branco adicionado em cada conjunto RGB. Este pixel branco tem a função de aumentar a luminosidade da tela, realçando a cor gerada pelos três sub-pixels adjacentes.
Por outro lado, assim como em outros displays PenTile, não temos exatamente um grupo completo de sub-pixels para cada pixel, mas sim um sistema misto, onde cada conjunto RGBW faz o papel de dois pixels e um algoritmo de software se encarrega de interpolar a imagem para que a "falta" de elementos não seja percebido. É um truque similar ao usado em telas OLED como as usadas no Galasy S I9000. Sem dúvida o efeito resulta em uma imagem impobrecisa, mas precisaremos esperar até que os displays cheguem ao mercado para ver se a perda será detectável ou se a alta resolução mascarará o efeito.
Por não conter um filtro de cor, o sub-pixel branco precisa de muito menos energia para gerar a mesma porção de luz visível, o que faz com que a tela seja mais eficiente energicamente, sobretudo em situações de alto brilho, ao mesmo tempo em que oferece um melhor brilho e contraste.
Isso torna a nova tecnologia muito interessante para uso em tablets, onde a tela (devido ao tamanho) é a principal devoradora de energia, bem mais do que um processador ARM dual-core ou que o rádio 3G.
A redução no consumo é também importante para equilibrar as contas em um outro departamento, que é o acelerador gráfico. Mais pixels significam um maior consumo para o controlador do vídeo, sobretudo ao rodar aplicativos 3D, o que é um dos grandes motivos de a Apple não ter tentado usar um display retina no Ipad 2, por exemplo. É difícil para os fabricantes justificar o aumento sem uma contrapartida e a redução no consumo da tela pode vir bem a calhar.

Fonte: Hardware

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